quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

O prometido é devido - Capítulo 5 de 5

GENUFLEXÕES; Genuflexão, s. f. Acção de dobrar o joelho ou os joelhos; acção de ajoelhar: "Era útil fazer três genuflexões, ou adorações cada dia em diferentes horas", Manuel Bernardes, Nova Floresta, II, B, 4, 5, p. 165; "O velho vive de zumbaias, ouvindo os eruditos murmúrios dos sábios... A filha vive de genuflexões e de rezas", Coelho Neto, Miragem, II, cap. 3, p. 142. (Do lat. genu, joelho, e flaxio, flexão).
LITURG: Usa-se a genuflexão como sinal de penitência e de fervor na oração, ou como acto externo de adoração e de respeito. Faz-se com o joelho direito ou com ambos os joelhos. Só esta era conhecida na antiguidade cristã. O sacerdote convidava à oração, dizendo: "Oremus"; o diácono acrescentava: "Flectamus genua"; depois de algum tempo de oração de joelhos, o sub-diácono dava o sinal para se levantarem com a palavra: "Levate". O sacerdote fazia então, em nome de todos, a oração oficial. Conservou-se este uso na liturgia da Sexta-feira Santa. A genuflexão com um só joelho foi introduzida pelo séc. VIII e com alguma relutância, pois se considerava como imitação de escárneo feito pelos judeus a Jesus; ainda no séc. XVIII se contestava a legitimidade do seu emprego litúrgico. A genuflexão indica a adoração sempre que se usa no culto da Eucaristia ou da Cruz e em certas circunstâncias imitativas, na leitura do Evangelho (Verbum caro factum est), etc. Como sinal de respeito, é uma honra prestada às supremas pessoas litúrgicas, o Papa e os bispos, com representantes de Cristo e chefes da Igreja universal ou local. Nos ritos orientais não há genuflexão; em vez dela, o sacerdote inclina-se e toca com a mão direita no chão.

Fonte: ibidem, Vol. 12

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