quarta-feira, 4 de abril de 2007

O caso Sócrates-Independente

Convém começar pelo início: o comportamento do Público neste dossier tem sido vergonhoso, citar a confusão da Wikipédia referente ao artigo sobre José Sócrates, como notícia (indicador) é intelectualmente desonesto. Amanhã eu posso fazer 10 alterações acerca do biografia do José Fernandes, e depois!?? Enfim, adiante, melhor fora fazer um debate acerca dos méritos e deméritos da Wikipédia como tentou fazer em devido tempo o Pacheco Pereira, mas não há tempo, não é?... A questão que deve ser colocada ao Primeiro-Ministro é UMA e só UMA: Usou o José Sócrates de expedientes ilícitos para obter o seu diploma? Conscientemente? Se sim, peçam a sua demissão. Mas façam-lhe a pergunta, directamente como se faz em qualquer sítio civilizado onde os jornalistas trabalham factos e não exercem pressões para serem importantes junto do poder. Este jornalismo é direccionado para o poder e não para os cidadãos leitores (e eleitores). Vão chateando, com pedacinhos de lama, para que os assessores telefonem, marquem jantares, enfim, para os tratarem como gente importante e perigosa. Mas não são, porque nunca vão ao fundo das questões, porque vão gerindo as notícias (peças) exactamente como os políticos gerem a sua agenda. E isso não é jornalismo; é o amigo chato que nos está sempre a lembrar que conhece os nossos segredos, e que implicitamente nos está a querer dizer que um dia os pode revelar à nossa namorada.

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