segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Bolonhado

E não é que fui mesmo Bolonhado? E agora?

Correia de Campos

É só para assinalar que por cada dia que passa com Correia de Campos no Ministério da Saúde, o governo e Sócrates em particular, perdem 24 horas de eficácia e credibilidade. E 24 horas é muito...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

OBRIGADO JORGE NETO!

Por tudo quanto aprendi, quando apenas pretendia solidificar a minha opinião relativa ao Referendo, só me resta dizer penhoradamente: Obrigado Jorge Neto, muito obrigado...

O prometido é devido - Capítulo Final - A FONTE e a PROVA


12 DESTAQUE
PÚBLICO· SEXTA-FEIRA, 9 FEV 2007
REFERENDO SOBRE DESPENALEZAÇÃO

Obviamente voto Sim

Sou católico.
Sou a favor da vida. Sou contra o aborto.
Mas voto "sim" à despenaliza­ção da interrupção voluntária da gravidez, desde que realizada até às dez semanas, por opção da mulher e em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.
Voto "sim", porque me choca e arrepia o ferrete ignominioso com que são social­mente estigmatizadas as mulheres que, contra sua vontade, têm de recorrer ao aborto feito à socapa.
Voto "sim", porque sou contra a humilha­ção, o vexame e a defenestração da mulher que subjazem a um ignóbil processo-crime que atenta contra o mais elementar bom senso de protecção da sua dignidade, da sua personalidade e da sua liberdade.
Voto "sim", porque recuso a hipocrisia cúmplice da manutenção do status quo em que sob o manto diáfano e quimérico das inauferíveis políticas públicas do planea­mento familiar, do apoio à maternidade e da educação sexual se pretende perpetuar o aborto clandestino.
ENRICVIVES-RUBIO
A OPINIÃO DE JORGENEfO
Voto "sim", porque sou contra a humilhação, o vexame e a defenestração da mulher que subjazem a um ignóbil processo-crime que atenta contra o mais elementar bom senso de protecção da sua dignidade, da sua personalidade e da sua liberdade
Voto "sim", porque sou contra a dis­criminação negativa das mulheres mais pobres, mais carenciadas e mais vulnerá­veis, incapazes por razões económicas de fazerem um aborto em Espanha e como tal sujeitas à provação infame dos abortos selvagens realizados em vãos de escada.
V oto "sim", porque despenalizar a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, nas condições e termos expressos na pergunta objecto do referen­do, traduz o ponto de Arquimedes mais razoável, prudente e avisado entre os dois interesses em conflito, o da grávida e o do nascituro numa fase embrionária da gestação, não esquecendo nunca que os interesses deste só no interior e por inter­médio daquela podem ser satisfeitos.
Voto "sim", porque despenalizar não significa liberalizar, uma vez que a despe­nalização fica condicionada a um prazo e à realização do aborto em estabelecimento de saúde legalmente autorizado.
Voto "sim", porque quero colocar Portugal na rota de convergência com o estado da arte europeu nesta matéria, mandando às urtigas uma penalização caduca, obsoleta e retrógrada.
Militantemente, empenhadamente e ina­pelávelmente, voto "sim" no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro. Sem adema­nes. Sem ditirambos. Sem genuflexões.
Sim.
Obviamente .• ADVOGADO. DEPUTADO DO PSD.
MANDATÁRIO DO MOVIMENTO VOTO SIM

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

O prometido é devido - Capítulo 5 de 5

GENUFLEXÕES; Genuflexão, s. f. Acção de dobrar o joelho ou os joelhos; acção de ajoelhar: "Era útil fazer três genuflexões, ou adorações cada dia em diferentes horas", Manuel Bernardes, Nova Floresta, II, B, 4, 5, p. 165; "O velho vive de zumbaias, ouvindo os eruditos murmúrios dos sábios... A filha vive de genuflexões e de rezas", Coelho Neto, Miragem, II, cap. 3, p. 142. (Do lat. genu, joelho, e flaxio, flexão).
LITURG: Usa-se a genuflexão como sinal de penitência e de fervor na oração, ou como acto externo de adoração e de respeito. Faz-se com o joelho direito ou com ambos os joelhos. Só esta era conhecida na antiguidade cristã. O sacerdote convidava à oração, dizendo: "Oremus"; o diácono acrescentava: "Flectamus genua"; depois de algum tempo de oração de joelhos, o sub-diácono dava o sinal para se levantarem com a palavra: "Levate". O sacerdote fazia então, em nome de todos, a oração oficial. Conservou-se este uso na liturgia da Sexta-feira Santa. A genuflexão com um só joelho foi introduzida pelo séc. VIII e com alguma relutância, pois se considerava como imitação de escárneo feito pelos judeus a Jesus; ainda no séc. XVIII se contestava a legitimidade do seu emprego litúrgico. A genuflexão indica a adoração sempre que se usa no culto da Eucaristia ou da Cruz e em certas circunstâncias imitativas, na leitura do Evangelho (Verbum caro factum est), etc. Como sinal de respeito, é uma honra prestada às supremas pessoas litúrgicas, o Papa e os bispos, com representantes de Cristo e chefes da Igreja universal ou local. Nos ritos orientais não há genuflexão; em vez dela, o sacerdote inclina-se e toca com a mão direita no chão.

Fonte: ibidem, Vol. 12

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

O prometido é devido - Capítulo 4 de 5

DITIRAMBOS; Ditirambo, s. m. Hino em nome de Baco, entre os antigos: "tinha... no nariz vestígios evidentes das suas simpatias pela divindade celebrada nos antigos ditirambos", Júlio Dinis, A Morgadinha dos Canaviais, I, cap.7, pág. 108.
- Poema lírico que se distingue da ode por mais impetuoso entusiasmo e pela irregularidade dos versos e das estâncias: "Uma nação cujo idioma chegou à maturidade...pode ter epopeias, tragédias, cânticos, odes, lendas, ditirambos", Latino Coelho, A Oração da Coroa., I, cap. 1, p. 15.
-P. Ext. Exaltação excessiva de um facto, das qualidades de uma pessoa, etc.:"nunca o ditirambo e o chamariz são excessos para quem medra no favor público", Aquilino Ribeiro, O Homen que Matou o Diabo, cap. 12, p. 290. (Gr. dithyrambos).
LIT. "Ditirambo", de maneira geral, é a designação que convém a qualquer composição poética caracterizada pela desordem e pelo arrebatamento da emoção, e, quanto à forma literária, pela irregularidade das estãncias e variedade de metros; mais especialmente é um hino em louvor de Dionísio (ou Baco), se bem que o género, muito antigo entre os Gregos, fosse anterior ao culto de Dionísio. (...)
Fonte: ibidem, Vol. 9

O prometido é devido - Capítulo 3 de 5

Ademanes; s. m. pl. Gesto, modo, trejeito.

Fonte: idem, VOl.1

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O prometido é devido - Capítulo 2 de 5

INAUFERÍVEIS; Inauferível, adj. 2 gén. Que não é auferível, que se não pode auferir, que se não pode tirar, de que se não pode privar alguém: "a sublime ficção do governo representativo que lhe continuou em sua dinastia pela inauferível e perpétua delegação popular", Garret, Discursos Parlamentares, p.26; "Espere-se Morato Arrais em nome da inauferível jurisdição que exerce sobre a pessoa dos réus", Aquilino Ribeiro, D. Sebastião, cap. 9, p. 197.
Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol.13

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Um post estúpido

Eis um exemplo de um post estúpido. Porquê? Porque ninguém se pode NUNCA apropriar do génio criativo e criador dos humoristas... É por-lhes ferrete. É preciso ser comedido, também e sobretudo na hora da vitória. Bolas!

Já está!

"Grande conquista das forças democráticas!!", ouvi ainda agora....

Nunca mais são oito...

E vamos lá despachar isto, que tenho o Dicionário Jorge Neto para fazer!!

Abstenção

Antes que sejam conhecidos os resultados: a democracia faz-se com quem está, assim mais ou menos como os comboios (plebeísmos à parte): partem à hora marcada independentemente de já lá estarmos ou não! Depois, a ninguém ocorre dizer aos Deputados Europeus que eles têm menos legitimidade para exercer o mandato pelo facto de nas eleições europeias a abstenção rondar os 60%/70%.
Assim: se ganhar o Sim, venha lei que expurgue o artº 140º do Código Penal; se ganhar o Não que tudo fique na mesma. Ponto.

Chove?

Parece que sim. Mas eu que estou doente e sem dinheiro, vou agora almoçar para depois me enfiar no carro com 7 anos e quase 180.000 Km para fazer 400 Quilómetros e VOTAR. Porquê? Porque houve gente que morreu para que eu o pudesse fazer. Moral da história? Eu não respeito abstencionistas. Não gosto. Irritam-me. Tal como se irritava o Almirante Pinheiro de Azevedo com os raptos do PREC. Disse.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

HERMAN

É sábado, 10 de Fevereiro de 2007 e aquele que outrora se notabilizou por ter sido o melhor humorista português de todos os tempos, iniciou hoje, o seu trajecto descendente. É só para assinalar, com pesar e luto e para que conste. Mais se informa que talvez a trajectória descendente possa ser alterada (ainda) se da redacção dos textos do programa Hora H, se expurgar a contribuição prejudicial de Nuno Artur Silva e sus muchachos.
Portugal, ao décimo dia do mês de Fevereiro do ano da graça de dois mil e sete.

REFLEXÃO

....hum....bom, hã...Estás em reflexão?? SIM, SIM!!

O prometido é devido - Capítulo 1 de 5

Vamos então ao Dicionário "Jorge Neto". Dada a complexidade da questão em causa, comecemos por partes. Assim Capítulo 1 - DEFENESTRAÇÃO; s. f. Acção de lançar alguém ou alguma coisa por uma janela ou varanda. (Do lat. fenestra, janela) HIST. O vocábulo tem origem nos actos de violência cometidos na Boémia por duas vezes, com duzentos anos de intervalo: em 1419, quando Ziska, chefe dos hussistas, lançou o burgomestre e 30 senadores pelas janelas da municipalidade, e em 1618, quando o conde de Thuan fez o mesmo com os governadores imperiais Martiniwitz e Slawata, facto que motivou a Guerra dos Trinta Anos. Mas depois foi o vocábulo aplicado a várias acções de rebeldia que tiveram o mesmo aspecto e uma das mais características a que se verificou em Lisboa, em 1-12-1640, quando foi lançado da janela à rua Miguel de Vasconcelos.
Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol.8.

Dicionário Jorge Neto


É só para (me) dizer, que dado o adiantado da hora, o Dicionário Jorge Neto fica para amanhã. Ou depois, que amanhã é dia de reflexão, e não se deve ocupar a cabeça com tanta coisa!

Gato Fedorento

Ainda não acertei com o modelo ideal (o mais indicado, pelo menos) para esta blog. Acresce a necessidade de treinar links e outras coisas próprias do bloguismo. E este post vai ajudar-me. Como? Fazendo um comentário cujo contexto só poderá ser devidamente apreendido se fizer uma série de referências directas à "estória". Primeiro: O último Gato Fedorento foi visto por mais de 1 milhão de pessoas. É bom? Os fãs são ciumentos e eu sou fã. Pronto. Mas sou mesmo, aliás, preciso disso como de água para beber (ou Cutty Sark, se houver gelo). Entretanto, há um tal de PPM que escreve no 31 da armada que fez um comentário à rábula do Prof. Marcelo que originou esta resposta do RAP. E pronto, clicando ficam a saber o que se passa e eu mais Blogger (?) do que antes....
Pergunta - O PPM é só fascista ou é mesmo o Diácono Remédios? Quem acertar ganha uma!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Souto Moura

Ninguém lê isto, portanto cá vai: eu acho que condecorar Souto Moura é o mesmo que conferir licenciatura à estupidez ou à inércia. Provavelmente Souto Moura é um "bom rapaz", um bom tipo.. não duvido. Mas foi um mau Procurador-Geral da República. Com ou sem culpa. Objectivamente! Como deve ser avaliado todo aquele que se dispõe a servir a causa pública? Com objectividade, não é? Pois como pode alguém, abstraindo das qualidades pessoais do senhor, qualificar o seu desempenho como Procurador, senão péssimo?! As declarações hoje prestadas na Comissão parlamentar são de uma infantilidade aterradora. Não, eu não desculpo que um PGR, em 2007, não saiba o que é o Excel...porque isto revela que não sabe muitas outras coisas deste tempo. Ora isso é grave, tão grave que aterroriza.

Contributo prolixo, mas positivo...

Do meu ponto de vista, a grande diferença entre o referendo de 1998 e o de 2007, é o de que desta vez o P.S.D, não tendo posição oficial, vai contribuir decisivamente para a vitória do SIM. Acresce o esforçado empenho do Secretário-Geral do PS que servirá, espero, para mobilizar o eleitorado de forma a que desta vez o resultado seja vinculativo e se recupere o prestígio perdido do instituto do referendo. Bom, mas voltando ao assunto inicial: do PSD, várias figuras mais ou menos conhecidas têm vindo a empenhar-se pelo SIM, o que é muito positivo para a causa. Destes, destaco Jorge Neto e porquê? Porque hoje escreveu um artigo no PÚBLICO que tem três claras vantagens que cumpre assinalar. É um "destacado" militante do PSD a assumir o seu voto, depois porque o artigo está bem escrito focando as questões essenciais em discussão e finalmente porque contribui decisivamente para o enriquecimento vocabular dos seus leitores! Querem ver algumas das expressões utilizadas?Eu mostro, mas previno já que convém disporem de dicionário à mão. Aí vai: "defenestração"; "inauferíveis"; "ademanes"; "ditirambos"; genuflexões".
Positivo? Sem dúvida, mas prolixozinho...
No próximo post inaugurámos o "dicionário Jorge Neto"

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

De mim para mim

IF
by Rudyard Kippling

If you can keep your head
when all about you are losing theirs
And blaming it on you.
If you can trust yourself
when all men doubt you
But make allowance for their doubting too.
If you can dream and not make dreams your master
If you can think and not make thoughts your aim
If you can meet with triumph and disaster
And treat those two impostors just the same.
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools
Or watch the things you gave your life to, broken
And stoop and build'em up with worn out tools.
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch and toss
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss.
If you can force your heart, and nerve, and sinew
To serve your turn long after they are gone
And so "hold on" when there is nothing on you
except the will which says to them "hold on!"
If you can talk with crowds and keep your virtue
Or walk with kings, nor lose the common touch.
If neither foe nor loving friend can hurt you.
If all men count with you ... but none too much.
If you can fill the unforgiving minute
with sixty seconds worth of distant run.
Yours is the earth, and everything that's in it.
And which is more ... You'll be a Man, my son.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Isto já está a descambar

Há, na Ciência Política e no Direito Constitucional uma histórica reserva aos referendos. Que não são formas idóneas de consulta, que tudo se discute menos o essencial, que o ruído se sobrepõe à discussão serena; em suma: que descambam em plesbiscitos. E eis que sucede "again the same". Mas curiosamente, os maiores disparates continuam a vir do sítio do costume: padres católicos (para além de César das Neves, claro!) e eu não me conformo com isto!! Mas eles não estudam Teologia??!.