terça-feira, 20 de maio de 2008

O FCP III

...parece que sim, mas não o dizem porque pensam que não há "ambiente". Em suma, e aqui é que está o ponto desta breve reflexão: o Porto, cidade, está em declínio. É evidente. Há dias, andei de tarde ali pelas bandas do Marquês e pela Constituição e vi POBREZA. Vejo e ouço crianças com um sotaque mais acentuado/carregado que o dos pais e isso, meus amigos, quer dizer que não lêem...Uma coisa é aquele leve carregar os Bês, tão típico quanto inofensivo, outra, bem diferente é ver a malta nova a falar MAL. Chega a parecer dialecto. E não é nos bairros típicos e pobres...é já naquele que, durante séculos, foi o espaço físico da pujante classe média e média alta do Porto. Que, a propósito, não se sabe muito bem para onde foi. O Porto onde vale a pena andar está confinado à zona Foz/Boavista/Campo Alegre. Depois há as zonas "francas" (não no sentido técnico, obviamente) mas que se distanciam cada vez mais do Porto: Miramar, Granja, Espinho e Póvoa. Esta gente já não vai ao Porto. Não há lá NADA que o justifique. Á excepção da Casa da Musica e de Serralves o panorama cultural do Porto é de uma pobreza franciscana. Não se passa nada. Os ricos vão com frequência à Galiza, a Lisboa quando lhes apetece e ao Algarve. Os pobres enchem a baixa. Não se encontram, não se cruzam. A cidade cosmopolita que em tempos foi, morreu. O Porto burguês, do convívio entre TODA a gente, do São João, acabou. Até esta festa verdadeiramente popular e única, onde ricos, pobres e remediados partilhavam a sardinha, está hoje assim: ricos nas margens do douro e nos barcos; os outros a vê-los passar...É mesmo assim!?
FCP como marca, dizem eles...marca do quê? Disto?!

To be continued

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